sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Natal: Como "ensinar" aos filhos o verdadeiro sentido

Escrito e Postado por Renata Palombo


Fonte: Google Imagens

Todos sabemos que dia 25 de Dezembro é comemorado o Natal, que nada tem a ver com Papai Noel, renas, presentes, neve, mas sim com o nascimento de JESUS, o Filho de Deus nesta Terra. Sabemos também que Ele não nasceu de fato do dia 25 de Dezembro, mas que esta é apenas uma data simbólica, no entanto, é um dia em que as pessoas (em sua grande maioria) se voltam para os bons pensamentos e costumes, se aproximam mais de Deus e dos outros e almejam para suas vidas, mais amor, gratidão, paz... Por um lado é lamentável vermos o consumismo movido por esta data e tamanha benevolência em apenas uma época do ano, mas por outro lado parece quase impossível não nos contaminarmos no clima de festas e confraternizações... e já que seremos "carregados" por esta "onda" é melhor nos adequarmos e buscarmos alternativas para ensinar aos nossos filhos o melhor referente esta data.

Eu tento fazer algumas coisas e oro a Deus para que eles internalizem e compreendam o real sentido do Natal. Queria que eles compreendessem que bons costumes e pensamentos devem ser para todos os dias do ano, que paz, amor e gratidão são frutos de escolhas diárias e que presentes refletem carinho e não consumo.

Uma das coisas que faço é reforçar sempre que possível o que realmente é comemorado nesta data. Falamos sobre o porque Jesus nasceu neste mundo, sobre seu ministério, morte e ressureição para salvação da humanidade e remissão dos nossos pecados. Falamos sobre a importância de Jesus na nossa vida hoje e agradecemos nas orações a Deus por ter enviado seu filho. Busco assistir filmes e ler histórias sobre este tema. Como somos cristãos, falar sobre Jesus é algo constante em nosso dia-a-dia, mas o tema de seu nascimento acaba por ser mais falado nesses dias natalinos.

Acho que aqui poderia entrar um adendo sobre as lendas natalinas. Vejo que muitas famílias cristãs ficam num dilema sobre reforçá-las uma vez que "anulam" ou contradizem o foco real do Natal que é o nascimento de Cristo. Confesso que para nós isso nunca foi um grande dilema, não sei se isso é bom ou ruim. Quando o Diego chegou ele acreditava no Papai Noel e nós alimentamos muitas vezes sua fantasia. Penso que fantasias fazem parte do imaginário infantil e do desenvolvimento e não nos sentimos no direito de tirar isso dele. Nunca deixamos de falar sobre o real sentido do Natal, mas como ele era pequeno não conseguia se dar conta da contradição das histórias e as acomodava muito confortavelmente dentro dele. O que já não acontecia com a Naty que demonstrou sua indignação por várias vezes ao ver o mundo exaltar as tradições humanas e esquecer-se de Jesus. É orientada a respeitar as pessoas naquilo que querem crer, mas falar sobre o verdadeiro motivo do Natal sempre que fosse possível e assim ela faz com o coração cheio de alegria disseminando a palavra de Deus.

No ano passado o Diego já com 8 anos não deu muita importância para o Papai Noel. Chegou a questionar se ele exisita e eu apenas respondi que "existia na nossa imaginação". Ele começou a perceber que qualquer homem podia fantasiar-se de Papai Noel, inclusive ele e o pai dele, entendeu que cada presente que ganhou foi comprado e dado por uma pessoa da família e não questionou o porque do Papai Noel não ter aparecido na entrega dos presentes como nos anos anteriores. Ainda assim escreveu a cartinha para ele e fez questão de ir ao shopping para visitá-lo.

Uma coisa que pra mim é bem dificil de lidar nessa época do ano é a questão dos presentes. Eu percebo que os dois dão muito valor para isso e ficam esperando sempre bons presentes de todos. Temo que isso os faça valorizar mais os bens materiais do que as pessoas. Temo que se frustrem e se revoltem se em algum Natal não estivermos em condições de presentear. Nossas famílias (tanto a minha quanto a do meu marido) tem o hábito de todo mundo comprar presente pra todo mundo, o que faz com que ganhêmos muitos presentes nessa época do ano. O que eu faço pra tentar lidar com isso é explicar repetidas vezes que o maior presente é Jesus e que pessoas são mais importantes que coisas e que mesmo que alguém não nos dê nada vamos continuar amando-o da mesma forma.

Tento fazê-los participar o máximo possível da escolha, compra e embrulho dos presentes, na tentativa de que compreendam que presentar alguém é acima de tudo uma manifestação de carinho e amor e que o valor do presente está muito mais na dedicação que depositamos naquilo do que no valor monetário do mesmo. Acho que isso eles entendem porque em diversas épocas do ano eles nos presenteiam com cartinhas e lindos bilhetes, com desenhos e as vezes até embrulhos mostrando que dedicaram tempo para dar o melhor que podiam e nós, claro, valorizamos muito estes pequenos mimos.

Na noite de entrega deixamos que eles entreguem os presentes para que sintam o prazer da "doação" (percebo que realmente sentem prazer com isso) e antes de sair de casa orientamos que ao presentearmos alguém, fazemos por amor e não para ganharmos algo em troca. Ainda assim vejo que eles ficam ansiosos esperando o retorno, mas como sempre são presenteados por todos, não sei como reagiriam se isso não acontecesse.

Sempre que possível participamos de atividades sociais/comunitárias para que vejam a prática do amor ao próximo tão falado nesse período natalino. No ano passado, por motivos relativos a minha saúde não pudemos fazer nada, mas no ano retrasado distribuimos lanches para moradores de rua e no ano anterior fizemos entrega de presentes para crianças muito desprovidas de bens materiais. Temos por prática ações como esta também em outras épocas do ano, mas é inegável que o "Espírito Natalino" potencializa a motivação e o resultado desses trabalhos.

Por fim acho importante falar sobre a convivência familiar que priorizamos muito durante todo o ano e no Natal não é diferente. Valorizamos também os amigos mais chegados tentando encontrá-los dias antes do Natal para dar um abraço. Até hoje sempre fiz questão de estarmos em família: avós, tios, primos... Lembro que no ano passado acabamos dormindo de improviso na casa da minha mãe e percebi que todos curtimos muito a situação de dormir bem de madrugada, sem pijama, sem escovar os dentes, um no chão, um no sofá, um com o bebê chorando toda a madrugada, enfim, algo desconfortável que se tornou muito divertido e que certamente renderá deliciosas lembranças para todos. Infelizmente meus filhos foram privados da convivência familiar por muitos anos, por isso vou fazer de tudo para que tenham bons registros do amor em família (mesmo com os corriqueiros desentendimentos). Acho que este ano vou me planejar para passar a noite de novo no "improviso" na casa da vó (minha mãe). Talvez eu leve escovas de dentes (rrssrsrs).

É isso!!! Tudo isso!!! O Blog Descobrindo a Maternagem deseja a todos um excelente Natal!!!

Que cada uma de nós, mães, consiga, com pequenas e grandes ações ensinar aos nossos filhos o melhor e o verdadeiro sentido do Natal!

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