terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Maria, uma mãe exemplar

Postado e Adaptado por Renata Palombo
Fonte: Google Imagens
Gostaria de ter postado esse texto antes de ontem que foi o dia de Natal, mas com a correria de final de ano não consegui incluir isso no meu tempo.

Como todos sabemos o Natal é a comemoração do nascimento de Jesus e como este é um blog sobre maternagem nada mais "justo" que falarmos sobre Maria, a mãe de Jesus. Ela é muito lembrada nesta época do ano, mas seu exemplo de fé, temor e obediência a Deus, pode ensinar muitas coisas para nós mães, não apenas no natal mas em todos os dias do ano.

Sem dúvida Maria tinha algo de muito especial para ter sido e escolhida por Deus para ser a mãe de Seu Filho - o Salvador do Mundo. A escolha de Maria por Deus é um mistério para nós, mas o que ela fez enquanto mãe nos é revelado em vários trechos da bíblia e totalmente possível de colocarmos em prática nas nossas vidas. A seguir, segue alguns pontos que Maria nos ensinou ao longo de seu exercício de maternagem:

1) Submeter nossa vontade à vontade de Deus. Maria estava noiva de José, provavelmente "correndo" com os preparativos do casamento, cheia de sonhos e expectativas. Então, sem que ela pudesse sequer imaginar ou escolher recebeu a visita de um anjo que lhe anúnciou "Eis que conceberás e darás à luz um filho, ao qual porás o nome de Jesus..." (Lucas 1:31). Deve ter sentido um misto de espanto e temor. Um susto. Uma surpresa. Pode ser que tenha pensado no que José, seu noivo, falaria sobre isso. E a vizinhança? Uma gestação antes do casamento (naquela época) sujaria muito sua honra. E o que faria com os transtornos de uma gravidez não planejada? Mas ela não questionou, não reclamou e nem sequer argumentou com o anjo. Maria, apenas compreendendo, naquele momento que Deus precisava dela, submeteu-se à vontade do Senhor (Lucas 1:38) e cantou um cântico de louvor a Deus "A minha alma engrandece o Senhor, e meu espírito exulta em Deus..." (Lucas 1:46 e 47), manifestando uma obediência com o coração cheio de alegria. Desde aquele momento, todas as gerações passaram a conhecê-la como a mãe do Filho de Deus. Como agimos nós diante de situações inacreditáveis, difíceis e conflituosas? Como se comporta nosso coração? Reclamamos, ficamos deprimidas, agimos com incredulidade? Aqui aprendemos que nossa obediência a Deus não deve ser pesarosa ou obrigatória, mas genuína e feliz.

2) Aceitar os filhos. A 2ª lição tem a ver com aceitação. Deus dotou a mulher com a graça de ser mãe. Acontece que esse privilégio, muitas vezes se torna um enfado. É muito comum ouvirmos mães blasfemando contra Deus e desejando não ter os filhos. Esta aceitação não se refere apenas a aceitar gestações não planejadas, mas também em aceitar os filhos como são. Vemos muitas mulheres que nunca aceitam de fato seus filhos por depositarem neles suas frustrações (não nasceram do sexo que gostariam, não contribuiram para manutenção do casamento, nasceram doentes, nasceram no momento errado, acabou com a juventude, tem defeitos que nunca suportou em outras crinças, etc, etc, etc). Maria não só aceitou sua gestação não planejada e em circunstâncias tão desfavoráveis como também aceitou seu filho como ele era, com todas as dificuldades de seu ministério e com todas as responsabilidades que Ele representava. Hoje os inúmeros métodos contraceptivos tornam a concepção algo bastante controlável, sendo cada vez mais raro as gestações acidentais. Muitas mulheres têm significado seus filhos como "acidentes", sendo que na verdade escolheram não se proteger. Acidental ou relapso dos genitores é preciso entender que filhos são presentes Divino e que a criança deve ser recebida e aceita com amor e alegria.

3) Confiar na Providência Divina. Talvez Maria tenha ficado com muito medo da reação de José, mas Deus providenciou tudo para ela. Um anjo foi enviado a seu noivo, que acreditou em tudo, se casou com ela e recebeu o pequeno menino adotando-o como seu filho (Mateus 1:19-25). Como Deus fez com Maria, faz também conosco. Providencia o que é realmente necessário para nós e para nossos filhos.

4) Ser cuidadosa. Vemos o cuidado que Maria teve para com seu filho, Jesus, desde o início, no estábulo onde nasceu (Lucas 2:6,7); ao ser levado, aos 40 dias de vida, para ser consagrado ao Senhor, no templo (Lucas 2:21-24 e 27); quando o procuraram diligentemente, por ocasião da festa da Páscoa (Lucas 2:39-48); ao ensiná-lo a ser um filho submisso (Lucas 2:51); quando já no ínicio do ministério dele, ela esteve ao lado do filho (João 2:1-12); e também  na cruz (João 19:25). Desde o nascimento até a morte de seu filho, Maria esteve preocupada com ele. Quando uma mãe ama seu filho, não importa o lugar ou condições em que ele nasça,  não importa as dificuldades em educá-lo de acordo com a Palavra de Deus, não importa as dificuldades das fases de idade que ele passe, não importa as escolhas e decisões que esse filho faça, ela sempre irá cuidar dele o melhor que ela puder, sempre vai estar a seu lado para ser amiga, conversar, aconselhar e orar.

5) Respeitar os limites de interferências na vida dos filhos. Maria soube respeitar os limites na relação com Jesus e se colocar no seu lugar diante dos planos de Deus. Um dos exemplos disso aconteceu na festa de casamento em Caná da Galiléia, onde ela colocou-se na condição de discípula, quando Jesus deixou claro para ela que ele só agiria na hora que achasse melhor (João 2:1-4). Maria entendeu que aquilo tratava-se da missão Salvadora do filho e que ali não caberia agir como mãe. Muitas mães não conseguem cortar o "cordão umbilical" e interferem na vida dos filhos impedindo-os de ser independentes, mães que mantém vínculos patológicos com os filhos deixando-os com dificuldades em dar continuidade com a própria vida, mesmo quando são adultos. Desde criança os filhos devem ter sua fase de desenvolvimento respeitada sendo autorizados a fazerem sozinhos o que a maturidade deles lhes permite, contribuindo para a independência e responsabilidade. As mães devem saber criar seus filhos de maneira que eles possam ser responsáveis e levar a diante o plano de Deus para suas vidas.

6) Conhecer o filho. Em Lucas 2:19 e 51 lemos "E sua mãe guardava todas as coisas em seu coração". Maria observava o filho e desta forma ia conhecendo-o. Conhecer nossos filhos é importante para nos relacionarmos com eles de maneira adequada. Uma mulher pode ter 10 filhos, mas terá de se relacionar com eles de forma diferentes, respeitando suas personalidades, gostos e jeito de ser. Só é possível fazer isto conhecendo-os.

7) Um filho que ama e valoriza sua mãe procura honrá-la. Maria foi recompensada por ter sido uma boa mãe. Pouco antes de morrer, na Cruz do Calvário, Jesus olhou para sua mãe e viu nela sofrimento e desamparo, entao providenciou o que ela precisava entrangando-a aos cuidados de sue amoroso discípulo João (João 19:26 e 27). Jesus está sempre providenciando aquilo que necessitamos enquanto mães: paciência, amor, sabedoria, consolo, abrigo, etc. O filho que ama e valoriza sua mãe procura cuidar dela e honrá-la, e isso tem muito a ver com a maneira que foi criado, pois a palavra de Deus nos adverte: "...pois tudo o que o homem semear, isso também ceifará" (Gálatas 6:7).

Bibliografia: Bifano, Gilson e Bifano, Elizabete. Pais e Mães da Bíblia: Erros e Acertos. Ministério Oikos. 2003.

4 comentários:

Anônimo disse...

Que palavras lindas e muito apropriadas para reflexão. Se cada mãe tomar tempo a cada dia para pensar na tarefa que lhe foi confiada, certamente haverá menos o que reclamar e muito o que agradecer.

Renata Palombo disse...

Verdade, né Célia? Deus tem liçōes maravilhosas para nós...

Célia Lima disse...

Ótima reflexão, Renata. Parabéns!

Carine Gimenez disse...

Lindo texto Renata. Feliz natal!
Que Deus cubra sua família de bênçãos.
Beijo.

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